Friday, November 21, 2008

Recessão mental

Sinceramente ja me aborrece ouvir um pouco por todo o lado falar em crise economica e recessões em varios paises, apontando-se como soluções para as ditas, investimento nos responsaveis pelo estado das coisas actualmente.
Segundo a lei de mercado, se um produto nao vende, deixa de se fabricar, nada de novo ate aqui, entao vivendo nós numa economia de mercado (prestes a ser hegemonia de mercado) porque é que as regras não são seguidas por todos os seus intervenientes?
E porque é que os governos pactuam sempre com os batoteiros? Por uma especie de paternalismo perverso do tipo: "filho podes gastar todo o dinheiro num dia e teras sempre a conta bancaria recheada"!?
É de loucos!! E infelizmente parece que quase ninguem consegue abrir os olhos para estas situações e os que o fazem logo sao silenciados e desprezados pela maioria que insiste em jogar à cabra cega; mas a verdadeira recessão não é nova, de facto agravou-se com a chegada de george bush ao poder, fazendo despertar toda uma elite que acredita que nada se pode sobrepor ao poder do dinheiro e das armas, é uma recessão mental que parece que nao tem fim à vista.
Não sei se quando era miudo, era pelo facto de ser miudo, mas só raramente se falava em crises, as pessoas ganhavam practicamente o que ganham hoje, estando a inflaçao varias vezes mais baixa, hoje em dias as pessoas parecem zombies!! Até os putos, que parecem anestesiados.
Certamente que o ensino melhorou desde os meus tempos de juventude: existe mais rigor, os conteudos são mais adequados mas tambem existe um perfecionismo, ou esperança de implantar esse perfeccionismo, não atraves da dedicação e do acompanhamento e esclarecimento, mas atraves da repetiçao incessante, do esforço repetido que não dá em nada (em virtude de ser repetido)e um factor que infelizmente quase desapareceu; a criatividade.
Ainda sou do tempo em que se pediam aos miudos para "imaginarem coisas", situações e para as exporem aos professores,tudo quanto era novo em termos pedagogicos era aceite e "experimentado" hoje caiu-se num racionalismo quase exagerado e no caso de certas cadeiras como o portugues, um desfile de poetas (sempre portugueses claro) mortos, de poemas decadentes, sem conteudo e paranoides no geral, não à lugar para a imaginação e escrita criativa, ja os ditos poetas se apropriaram da mesma à muito para que mereça ser reavivada.
Nem sequer existe o entusiasmo de outrora, basta olhar para os programas infantis, que no caso dos juvenis, repetem estereotipos da sociedade do consumo (americanizada to the fullest diga-se) e que são totalmente ausentes de historias originais, onde é que se veem os miudos a chegarem atrasados ás aulas para ver o dragonball, ou jantarem tarde para ver o tenchi muyo? Nem com estes nem com outros a não ser o futebol, um dos 3 f´s de salazar que prospera, já que dos outros dois um foi abafado pela modernidade(fado) e o outro nao era mais do que uma prisão e catarse para os mais diversos sentimentos negativos e de culpa (fatima).
E assim vivemos a recessão mental, para a qual creio existirem mil formulas passiveis de bons resultados, mas nenhuma vontade de as concretizar.

Wednesday, November 05, 2008

Change has come to...?

O esperado aconteceu, independentemente de receios mais ou menos fundados, tendo em vista os acontecimentos recentes e face às previsões, o esperado aconteceu de facto, Obama é o actual presidente dos Estados unidos.
De modo geral ( e global) a euforia é grande é pela parte que me toca, fico satisfeito e semi-aliviado; satisfeito por ver um candidato negro chegar à presidencia da nação mais poderosa do mundo, um factor inegavel do rompimentos de barreiras culturais e, semi-aliviado porque acredito que pior ou mesmo igual a bush é dificil e seria azar a mais para o mundo.
Mas não estou euforico, Obama não vai, não pode, não tem capacidade para mudar o mundo de forma significativa, mesmo que o queira fazer, irá ceder a interesses e clientelismos como todos os presidentes e 1º ministros por esse mundo fora, esperemos é que o grau em que o irá fazer seja reduzido.
Não irá fazer desaparecer os conflictos mundiais, seja pela propria condição de potencia da america e a penitencia de assim, ter de intervir nas questões mundiais, por vezes utilizando a força, mas à coisas, importantes para o mundo que creio, e espero que Obama faça.
Espero que assine o protocolo de quioto e outros que se lhe seguirão e que reduza as emissões poluentes, assim como incremente uma maior investigação e utilização das energias renovaveis.
Espero tambem, que adopte uma postura diplomatica, e que incondicionalmente (ao contrario do que sugeria maccain) se sente á mesa com lideres de paises democraticos, ditadores e terroristas e procure atraves da diplomacia encontrar soluções para os problemas, é a atitude mais inteligente a meu ver q se pode ter nesta materia, e se de facto corresponder a estas espectativas, tera feito amplamente mais e melhor do que o que foi feito nesta ultima decada, e ai poderá de facto fazer jus ao seu slogan de campanha.