Monday, November 28, 2005

Quão sós nos sentimos realmente?


Solidão, que palavra essa, que assusta a maioria de nós, e que é a realidade de tantos outros, não, ñ me estou a referir neste caso aos desfavorecidos, mas sim a pessoas como eu ou como os leitores; se é verdade que vivemos numa sociedade cada vez mais internacionalizada e com uma maior dinamica, tambem é verdade que cada vez mais a frase "só no meio da multidão" se aplica ao nosso quotidiano.
Surge-me de repente uma questão, até que ponto são validas as relações que mantemos seja com grupos proximos seja com companheiros?? Valerá a pena, melhor ainda, será possivel manter relações serias(n falo aqui de amorosas) nos dias de hoje?? O conceito de amizade funde-se com o de amor para mim, considero o amor uma especie de "amizade mais profunda", e assim sendo muitos dos valores que caracterizam um e outra são semelhantes, e até que ponto os vemos nas pessoas que conhecemos? Dizem muitas vezes que sou muito serio, ora bem eu replico dizendo que estou farto de "coisas", situações e de pessoas que não são serias o suficiente, ora se um individuo(como eu) tem cabelo comprido e gosta de abanar o capacete, e ouve um tipo de sonoridade diferente é logo um caso à parte, um "tolo"?!! E que dizer então daqueles/as cujos temas de conversa nunca passam alem da namorada/o, nem das nights bem passadas bezuntados com o "Greg"??!! Enfim... já estou a divagar, mas acho que isto vai de encontro ao que disse anteriormente, ate que ponto conseguimos ter e manter relações SERIAS, por outras palavras, VERDADEIRAS.
Tal como no amor, na amizade é preciso ter determinados interesses, melhor valores em comum, para que ela surja, por isso éq os conhecidos e os colegas são tantos e os amigos muito poucos, para ñ reduzir ao singular...mas talvez mais importante do que isso é preciso existir reconhecimento do outro, um amigo de verdade n diz sempre Sim, pede quando tem de pedir, dá quando o outro precisa, e cima de tudo aceita e aprecia o outro tal como é; como é parecido ao amor, atrevo-me ate a dizer que são meios-irmãos; e talvez seja por a amizade ser assim, que hoje em dia cada vez menos pessoas tem amigos, os que os tem, tem algo do mais precioso que esta vida pode dar, o interesse de outrem em nada mais do que em nós por nós...Talvez esta seja uma boa altura para fazermos uma introspecção àcerca das pessoas que de algum modo ou de outro marcaram e ainda marcam as nossas vidas, e lembrem-se : basta por vezes umas poucas palavras para que a nossa vida se interligue à de quem as proferiu...

4 Comments:

Blogger Miguel Rodrigues said...

De facto. Revejo me muito naquilo que disseste. Uma das coisas que a minha mãe, santa mulher, me disse, e ainda me diz, foi que os amigos, os bons e verdadeiros amigos, são poucos.
E de facto isso vê-se. Não tenho muitos. Sou uma pessoa difícil e por isso logo de inicio espanto muita gente, mas tenho bons amigos que já me deram mais provas do que aquelas que no meu estado de insegurança eu precisava. Tenho sempre medo de que posso estar a ser amigo de alguém que pode não me ver como tal, mas penso sempre que devo dar o meu melhor e não perder a fé nas pessoas.
Posso contar pelos dedos das mãos, os meu amigos. Só preciso de uma mão. Sei que tenho exactamente 4 que sempre vão estar para o que der e vier. Os outros são conhecidos.
Agradeço á minha mãe, santa senhora dizê-lo não é demais, por me ter ensinado a diferença, e sei que, por causa dela, posso estar descansado, porque eu até posso ser muitas coisas, mas bom amigo sei que sou.

8:48 PM  
Blogger Unknown said...

O organic disse tudo...eu como pessoa alegre que sou, tenho muitos conhecidos, mas amigos tenho muito poucos, aprendi ao longo da vida a rastrea-los, só ficaram os bons, aqueles com quem contei sempre, e aqueles que podem sempre contar comigo...

1:33 PM  
Blogger Galo Rouco said...

Durante a nossa vida mantemos essencialmente relações de necessidade.
Convivemos porque, endemicamente, necessitamos de um terceiro para os mais variados aspectos da nossa existência, vulgo vida.
Quando às amizades, bem essas são pequenos tesouros que se fazem em determinadas épocas da vida (universidade, p. ex.) e que á medida que o tempo passa ficam mais difícil de descobrir

7:47 PM  
Blogger Tia Concha said...

Eu acho que tenho a sorte de ter alguns ( muito, muito) bons amigos , e enchem as duas mãos...felizmente para mim.

Ainda tenho AAAmigos do infantário, primária, ciclo, liceu, universidade e trabalho ( mt poucos), fora os que estão espalhados pela Europa, e já mudei de casa 4 vezes.

Acho que bons amigos é complicado encontrar, mas mantê-los é ainda mais difícil.

Apesar de sentir que estamos numa de relações superficiais, e à boa maneira "fast food", acho que sou uma priveligiada, por ter tantos bons AAAmigos.

10:30 PM  

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