Monday, May 04, 2009

Bedtime for Democracy

Os recentes acontecimentos que sucederam na democracia portuguesa, mostram bem a sua fragilidade, já que a juventude da mesma se vai perdendo (mais uma razão para uma maior maturidade).
Celebrámos mais um 25 de abril, mais um ano se passou, e certas coisas continuam na mesma, e ainda bem, e certas coisas pioraram, ainda mal, e muito poucas coisas melhoraram realmente, pessimo.
Assisti às agressões que o deputado socialista vital moreira foi alvo, fiquei desgostoso, pois so servem para dar mais um golpe, na historia da democracia portuguesa, e reparem nao tenho simpatias particulares com o sr em questão, mas sempre me ensinaram que se deve respeitar as posições de cada um sobre os mais diversos temas, e isso em democracia na qual afirmamos viver, ainda deve ser levado à letra com maior veemencia.
Claramente percebeu-se, atraves dos gritos de "traidor" que o alvo era o "ex - camarada" que se vendeu ao capital (e quiça seja verdade) mas é um direito que lhe assiste, ou estamos a união sovietica? Sinceramente vou perdendo gradualmente a paciencia para debater politica, em face das bestialidades que oiço frequentemnte, e aqui entra a psicologia.
As pessoas estão tao frustradas com a suas vidas (e muitas com razão) que se tornam incapazes de raciocinar com cabeça fria, deixam-se levar pelas emoções, e é assim que lideres como paulo portas entre outros sao eleitos, aproveitando-se dessa vulnerabilidade emocional.
Existem basicamente 3 tipos de politicos em portuagl e infelizmente para todos nós, os 2 primeiros sao os mais abundantes; o 1º tipo é o politico utopico, comunista, fascista, que aspira a uma sociedade (na sua visão) perfeita, controlada pelo estado e feliz (mais uma vez na sua cabeça) ou senão feliz, ao menos organizada.
É de vistas curtas este politico, e por isso so apela aos outros vistas curtas como ele, é o "narrow minded club", e ainda bem porque caso chegasse ao poder...bem a historia tem casos suficientes para justificar.
O segundo tipo de politico é o mais abundante, é aquele que nao tem ideologia alguma, ao fanatismo do primeiro, este contrasta com a total falta de coluna vertebral, fiflia-se nos grandes partidos, mas tambem nos pequenos se houver possibilidade de progressão de carreira, e diz aquilo que os lideres dizem, ou seja repete, e não tem tenções de mudar alguma coisa pois o status quo beneficia-o.
É o conhecido bloco de interesses, onde se governa e debate para si mesmo e para aqueles cujos interesses os servem, é assim uma complexa rede de favoritismo, corrupção e amiguismo, que deixa a população na ignorancia e em condições de vida dificeis, enquanto esses ditos politicos salvaguardam as suas benesses, ja que os postos seja no governo, no partido ou sindicato podem não durar sempre, é esta a "elite" que nos governa, e que governa a generalidade dos paises.
E depois existe o 3 tipo que nao se identifica com nenhuma ideologia, mas antes com uma plenitude de pontos existentes nas varias ideologias, ás vezes pende para a esquerda, outras para a direita, outras permanece sempre ao centro, e outras torna-se efectivamente de esquerda ou direita, mas tendo sempre como ancora permanente o respeito pela diversidade de opiniões e o gosto pelo debate; muitissimo poucos politicos destes existem na vida politica actual, sendo a sua maioria cidadãos mais ou menos anonimos, que ora escrevem em foruns, ora em jornais.
Estes cidadãos que nao se reveem em nenhum dos partidos politicos existentes, podiam ser a mais solida resposta aos problemas nacionais se se organizassem, e criassem nao um partido, mas uma associaçao, mais maleavel com pessoas que em certas tematicas como por exemplo a perservaçao do SNS, da segurança social publica, etc estivessem de acordo, divergindo apenas nalguns pontos como se manteriam essas estruturas, e este crash de ideias, seria sem duvida estimulante e poderia dai advir propostas bem mais serias e funcionais, do que aqueles que tem sido postas em cima da mesa, esta é apenas a minha opinião, mas de tudo o que tenho assistido, em termos politicos neste pais, parece-me a mais viavel, para contrariar a crescente apatia em que a democracia portuguesa esta mergulhada.